sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Crítica - "O Homem Que Mudou o Jogo" (2011)

"Um bom filme, uma ótima história para quem gosta de esporte"

O que eu sei sobre Baseball? Das regras, só o suficente pra conseguir jogá-lo no Atari e no Master System. Sei também que EUA, Cuba e Japão são potências deste esporte. E que o famoso New York Yankees era zoado no genial seriado Seinfeld por seu (então) jejum de títulos.

E o filme começa justamente com imagens reais da eliminação do pequeno Oakland Athletics pelo grande Yankees nos playoffs de 2001. O filme deixa bem claro, via letreiro, que a folha de pagamento dos Yankees é 5 vezes maior que a do Oakland. É uma competição desigual. E nos leva a pergunta: como um time pequeno, de baixo orçamento, pode um dia ser campeão contra times grandes, com muito mais dinheiro?

Esta é a dúvida que atormenta o General Manager dos Atletics, Billy Beane (Brad Pitt). E ele encontra uma solução, com a ajuda do economista Peter Brand (Jonah Hill): estatística. Eis a teoria: para vencer, não se precisa dos melhores e mais completos jogadores (leia-se, mais caros e badalados). Basta que cada jogador seja muito bom em uma função específica e como um time eles se completem. Então Brand vai atrás destes jogadores, não se importando por exemplo com como eles se comportam fora de campo.

No final, será que a estratégia deu certo? Vocês terão que assistir para descobrir. Baseado em fatos reais, credito ao meu desconhecimento da história o motivo de ter gostado tanto do filme. São várias reviravoltas e surpresas... como só a vida proporciona. Outra coisa bem bacana do enredo é acompanhar a evolução comportamental de Billy Beane, tanto pessoal quanto profissional.

Mais uma vez: entendo que desconhecer a história (e gostar de esportes) são fatores importantes para curtir o filme. Para quem unir estes atributos, a história será ótima. Caso contrário, nem tanto. E se a história é ótima, o filme em si é "apenas" bom. É tecnicamente bem feitinho, mas não tem nenhum grande destaque.

Pensando bem, há um "pequeno algo a mais" no filme. Gostei bastante, por exemplo, da maneira que o filme nos apresenta o "som da derrota" e o usa posteriormente dentro das partidas. Talvez por coisas como esta o filme está indicado ao Oscar de melhor edição de som.

Aliás, são 6 as indicações ao Oscar, dentre elas a de melhor filme, e a de melhor ator para Brad Pitt. Darei aqui a mesma descrição para sua atuação a que dei para o também concorrente George Clooney em "Os Descendentes": "Ele está realmente bem, porém não o suficiente pra impressionar.". Entre Clooney e Pitt entretanto, fico com o últmo. Primeiro por sua atuação ser aqui levemente melhor. E segundo porque Pitt é muito bom ator, faz ótimos trabalhos há tempos, mas nunca venceu um Oscar. Seria bacana se conseguisse.

Nota: 8,0.

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