sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Crítica - Frank (2014)

TítuloFrank ("Frank", EUA / Irlanda / Reino Unido, 2014)
Diretor: Lenny Abrahamson
Atores principais: Michael Fassbender, Domhnall Gleeson, Maggie Gyllenhaal, Scoot McNairy
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=oNbFdtltpXE
Nota: 7,0
Esquisito e inesperado do começo ao fim

Um dos filmes indie mais elogiados pela crítica em 2015, Frank é, por falta de melhor definição, um filme bem esquisito. Pra começar, o personagem que dá nome ao título é uma pessoa que veste uma enorme máscara em 100% do tempo (ver imagem acima). Qualquer cena com um personagem destes instantaneamente se torna algo bizarro. Não sabemos se é algo engraçado ou assustador. E é exatamente este mesmo tom que vemos no filme todo.

Na história, Jon (Domhnall Gleeson) é uma pessoa comum que sempre quis - sem sucesso - ser músico. Eis que por acidente ele acaba tendo a oportunidade de participar da banda do misterioso Frank (Michael Fassbender). Ele abandona tudo para acompanhar o grupo, que irá se isolar em uma fazenda na Irlanda para gravar seu próximo disco.

O personagem de Frank é baseado em uma pessoa real - o britânico Chris Sievey, que na década de 80 fez algum sucesso em pequenas emissoras de rádio e TV inglesas com seu personagem Frank Sidebottom. Entretanto, com exceção de algumas pequenas passagens exibidas durante a gravação das novas músicas, todo o resto é ficcional, não servindo de maneira alguma como biografia de Sievey.

É difícil dizer sobre o que Frank se trata. Ele fala sobre música, e sobre a dificuldade em se tornar um músico famoso, sem dúvidas. Mas isto é apenas uma pequena parte do que o roteiro nos mostra. O mistério que Frank e sua persona exercem sobre todos acaba sendo um assunto mais presente que sua música, por exemplo.

Com uma trilha sonora constante - que alterna entre leves e agitadas músicas instrumentais com as músicas sendo compostas pela banda - Frank deverá agradar os "Jons" da vida real, ou seja, todos que um dia já sonharam ter sua banda. Ou melhor: o constante inesperado sobre o que virá a seguir é o grande atrativo para o público em geral. É difícil ficar entediado com Frank, mesmo sendo ele um filme de ritmo bem lento.

Como atrativo final, Frank conta com boas atuações, em especial a de Fassbender. Mesmo sem mostrar nunca seu rosto, sempre sabemos como Frank se sente. Para quem gosta de filmes diferentes, esquisitos, Frank é seu filme. Adjetivos mais apropriados para ele que estes dois, não há. Nota: 7,0

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