segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Crítica - Animais Noturnos (2016)

Título: Animais Noturnos ("Nocturnal Animals", EUA, 2016)
Diretor: Tom Ford
Atores principais: Amy Adams, Jake Gyllenhaal, Michael Shannon, Aaron Taylor-Johnson
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=TICRnl3A-Og
Nota: 7,0
Melancólico, pesado, e com bom roteiro

Baseado no livro Tony e Susan, escrito por Austin Wright em 1993, Animais Noturnos é roteirizado e dirigido pelo estadunidense Tom Ford, neste que é apenas seu segundo filme. Se trata de um suspense bastante melancólico e de terror psicológico. Na história, Susan (Amy Adams) recebe de seu ex-marido e escritor Edward (Jake Gyllenhaal) um manuscrito de seu próximo livro, intitulado Animais Noturnos.

É então que a história se divide em 3 tramas paralelas. A primeira - e maior delas - é a própria história contada pelo livro de Edward. Uma história bastante violenta. A segunda mostra, através de flashbacks, como Susan e Edward se apaixonaram e como foi o casamento de ambos. E finalmente, a terceira trama se passa no tempo atual, onde vemos uma Susan extremamente infeliz e depressiva com seu casamento novo e sua vida.

Ainda que tristes e melancólicas, as três tramas são interessantes e prendem a atenção. O roteiro como um todo, é muito bom. Em termos de atuações, os quatro atores citados na ficha técnica do topo do post estão bem. Aliás, a surpreendentemente boa atuação de Aaron Taylor-Johnson lhe rendeu um Globo de Ouro como ator coadjuvante.

O que impede então a Animais Noturnos levar uma nota ainda melhor? Seu foco principal. Ao gastar a maior parte do filme dentro da "ficção" do livro de Edward (e esta trama certamente poderia ser encurtada), faltou espaço para explicar exatamente o que aconteceu entre Susan e Edward na vida real. Sim, o básico é explicado... mas algumas pontas não fecham. Por exemplo, em um determinado ponto ela diz que fez algo terrível ao filho de Edward. Que filho é este? Que evento foi tão grave? São respostas que acrescentariam a trama, mas não são respondidas. Um maior equilíbrio entre o tempo dedicado as três tramas tornariam o filme mais completo e psicologicamente mais interessante. Nota: 7,0

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