domingo, 21 de janeiro de 2018

Crítica - Viva - A Vida é Uma Festa (2017)

Título: Viva: A Vida é uma Festa ("Coco", EUA, 2017)
Diretores: Lee Unkrich, Adrian Molina
Atores principais (vozes): Anthony Gonzalez, Gael García Bernal, Benjamin Bratt, Alanna Ubach, Renée Victor, Edward James Olmos
Pegue seus lenços e se encante com a cultura mexicana

Viva: A Vida é uma Festa é a mais nova animação da Pixar, sucesso de crítica e público no exterior. Na história, que tem como base a celebração mexicana do Dia dos Mortos, conhecemos Miguel Rivera, um garoto de 12 anos cujo maior sonho é ser um grande cantor, como seu grande ídolo Ernesto de la Cruz. Mas sua vida não é fácil já que esta idéia é fortemente proibida por sua família, que odeia música. Transportado acidentalmente ao mundo dos mortos, Miguel procura uma maneira de voltar para o mundo dos vivos ao mesmo tempo realizando o seu sonho de ser músico.

Antes de prosseguir com a crítica, apenas passarei a me referir a este filme como Coco, seu nome original. Isto pois a tradução dada para o título deste filme no Brasil chega a ser inadequada e estúpida em vários níveis.

Coco é uma obra muito bem feita, que com certeza agradará qualquer tipo de público, e que só não leva nota maior pois não trazer nada realmente acima da média. É como aquele arroz com feijão muito bem feito.

A história é simples, um pouco clichê, e com algumas reviravoltas que não me surpreenderam. Ainda assim, é bastante interessante, dinâmica, universal, e principalmente... emocionante. Preparem seus lenços: a última vez que me emocionei tanto com um filme da Pixar foi com Toy Story 3, do longínquo ano de 2010.

A animação não traz nenhuma grande surpresa ou evolução técnica, porém, por si só, o design incomum e multi-colorido do Dia dos Mortos mexicano é uma atração a parte. Belíssimo! Sempre adorei a maneira com que os esqueletos são retratados nesta festa do México: são bastante expressivos, diversificados, e mais encantam do que assustam. A trilha sonora também não traz nenhum futuro hit de sucesso, mas são músicas bastante agradáveis, dançantes, e respeitam a cultura latina.

Aliás, respeito é uma palavra chave em Coco. Se Hollywood está acostumada a "converter, distorcer e estragar" a representação de culturas estrangeiras em seus filmes, aqui isto não acontece. A produção de Coco fez várias viagens ao México para garantir a fidelidade visual e conceitual do filme. Mais ainda, Coco é o primeiro filme da história com orçamento acima de US$ 100 milhões a contar com um elenco 100% latino.

Coco é um filme para agradar olhos, ouvidos e mente de espectadores de todas as idades. Continuando com seus altos e baixos, depois do fraco Carros 3, a Pixar volta a trazer uma animação muito bacana. Nota: 7,0.


PS 1: a tradição diz que todo filme da Pixar é precedido de um pequeno curta antes da atração principal. E Coco não foi diferente... ou quase. Nos primeiros países em que foi exibido (como EUA e México), o filme contava com o curta Olaf: Em Uma Nova Aventura Congelante de Frozen. Porém, como este desenho tinha 21 minutos de duração, causou reclamações generalizadas devido sua longa duração. Desta maneira, a nova aventura de Olaf parou de ser exibidas nos cinemas do mundo todo.

PS 2: e por falar em curtas, neste link aqui você pode assistir um curta do cachorro Dante, de Coco. Ainda que boa parte do curta esteja presente no trailer que saiu no Brasil, é bacana assistir.

PS 3: se alguém quiser conhecer mais as referências culturais que Coco traz, recomendo este artigo da minha amiga Melissa, que mora no México e adorou o filme. E tem este link também, com ainda mais curiosidades e muitas fotografias!

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