quinta-feira, 3 de maio de 2018

Crítica - Vingadores: Guerra Infinita (2018)

TítuloVingadores: Guerra Infinita ("Avengers: Infinity War", EUA, 2018)
Diretores: Anthony Russo, Joe Russo
Atores principais: Josh Brolin, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Zoe Saldana, Chris Pratt
Grande diversão para os fãs de HQs

O começo do fim. Depois de 18 filmes, temos em Vingadores: Guerra Infinita o início da história que marcará a despedida de Robert Downey Jr como Homem de Ferro, de Chris Evans como Capitão América, de Chris Hemsworth como Thor... enfim, de toda uma geração de atores e personagens.

E mais do que nunca, para não se decepcionar com este Vingadores, é necessário ser um fã considerável dos filmes da Marvel. Primeiro, porque para entender o filme em sua totalidade, no mínimo é necessário ter assistido: Vingadores 1 e 2, Capitão América: Guerra Civil, Thor 1 e 3, o primeiro Guardiões da Galáxia, Pantera Negra e Doutor Estranho. E segundo porque somente quem acompanha notícias do Universo Cinematográfico Marvel saberia que este Vingadores 3 não tem uma história realmente completa... ele será continuado com Vingadores 4, em 2019.

Esta minha crítica de Vingadores: Guerra Infinita será curta pelo simples motivo de dar o menos possível de spoilers sobre o filme.

Na história, o vilão Thanos (Josh Brolin) decide unir as 6 "Jóias do Infinito" para matar metade da vida do Universo. Então todos os heróis da Marvel se unem para evitar que isto aconteça. Vingadores: Guerra Infinita começa de maneira fantástica. Os primeiros 30 minutos do filme são pra deixar qualquer fã de super-heróis boquiaberto. São três cenas de lutas em sequência, visualmente incríveis e muito empolgantes!

Após este primeiro ato espetacular, o filme peca um bocado em seu desenvolvimento. Guerra Infinita prossegue com muitas e muitas batalhas (é certamente o filme da Marvel com mais lutas), várias piadas e pouca história.

Não que as batalhas ficam ruins - na verdade o filme como um todo é bom e divertido - mas elas são bem menos inspiradas e repetitivas, algumas são até desnecessárias. É só bem mais adiante... na primeira metade da luta em que os heróis têm contra Thanos em seu planeta natal, que voltamos a ter ação com uma qualidade tão espetacular como no começo do filme. Aliás, é nesta mesma batalha que acontece algo que me desagradou bastante, contando pontos negativos para o roteiro.

De resto, cenários, arte e figurino de Vingadores: Guerra Infinita são excelentes e é muito bacana e empolgante ver os heróis de filmes diversos se encontrando em um lugar só... ainda que a Marvel não tenha conseguido juntar TODOS os heróis desta vez. Este fato tem gerado críticas dos fãs, mas não considero um problema... com ainda mais personagens em tela, menos tempo se teria para desenvolver a história de todos os demais.

O que mais gostei de Vingadores: Guerra Infinita foi o vilão Thanos. Se vilões fracos têm sido um dos grandes defeitos em comum dos filmes da Marvel, desta vez temos o melhor vilão da franquia até agora... e disparadamente! O antagonista é o personagem mais consistente e impressionante dentre todos apresentados. Thanos, nos quadrinhos, deseja matar metade do Universo para agradar a Morte, por quem é apaixonado. Aqui, os roteiristas mudaram os motivos de Thanos, trazendo à tona um tema muito sério e atual. Fiquei bastante surpreso... e positivamente!

Vingadores: Guerra Infinita é o melhor filme de heróis de todos os tempos? Não. É o melhor da Marvel? Também não. Dentre as minhas justificativas para estas respostas, temos problemas de ritmo, pouca história, e principalmente, a incapacidade do filme em emocionar e comover. Mesmo com tantos perigos em tela, não dá levar a história a sério. Guerra Infinita não traz limites ou lógica nas façanhas que seus personagens podem fazer; desta maneira, não sobra muito para se apegar racionalmente e emocionalmente.

Apesar destes problemas, como tem sido em praticamente todo filme da Marvel, para quem curte ação e HQs a diversão e qualidade estão garantidas! Se não é "o" melhor dos filmes desta franquia, certamente está entre um de seus melhores. Nota: 8,0


PS: após o filme só há uma cena pós-créditos. E ela é relevante para os filmes da Marvel que ainda virão.

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